Saudações queridos alunos.
Segue manual que ajudará vocês a começarem a por mãos à obra na construção de nosso primeiro artigo cientifico. Observem atentamente as dicas que são dadas e boa sorte.
Prof. Edson Reis.
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Objetivo do Manual
Este manual objetiva apresentar a forma de como se
desenvolver um artigo científico. Tende a demonstrar as partes que compõem um
artigo e uma explicação sucinta sobre o que caracteriza cada uma dessas partes.
1. CONCEITUAÇÃO E CARACTERÍSTICAS
Artigo científico consiste em permitir a divulgação
dos resultados dos trabalhos de pesquisa, para conhecimento público, não só no
sentido do patenteamento da autoria, como também da manifestação de atitudes
críticas, que venham contribuir para o aprofundamento e a compressão inovadora
de estudo realizado sobre determinado tema.
O artigo é a apresentação sintética, em forma de
relatório escrito, dos resultados de investigações ou estudos realizados a
respeito de uma questão. O objetivo
fundamental de um artigo é o de ser um meio rápido e sucinto de divulgar e
tornar conhecidos, através de sua publicação em periódicos especializados, a dúvida investigada, o referencial teórico utilizado (as
teorias que serviam de base para orientar a pesquisa), a metodologia empregada, os resultados
alcançados e a apresentação da análise
de uma questão no processo de investigação. Assim, os problemas
abordados nos artigos podem ser os mais diversos: questões que historicamente
são polemizadas, por problemas teóricos ou práticos novos.
2. ESTRUTURA DO ARTIGO
O
artigo possui a seguinte estrutura:
1.
Título;
2.
Autor(es);
3.
Resumo e Abstract;
4.
Palavras‐chave;
5.
Conteúdo (Introdução, desenvolvimento textual e conclusão);
6.
Referências.
3. TÍTULO e SUBTÍTULO
São portas de entrada do artigo científico; é por
onde a leitura começa, assim como o interesse pelo texto. Por isso deve ser
estratégico, bem elaborado após o autor já ter uma ideia exata e bem avançada
de sua redação final, estando com bastante segurança sobre a abordagem e o
direcionamento que deu ao tema. Deve ser uma composição de originalidade e
coerência, que certamente provocará o interesse pela leitura.
O título do artigo científico deve ser redigido com
exatidão, revelando objetivamente o que o restante do texto está trazendo. Apesar
da especificidade que deve ter, não deve ser longo a ponto de tornar‐se confuso, utilizando‐se
tanto quanto possível de termos simples, numa ordem em que a abordagem temática
principal seja facilmente captada. O subtítulo é opcional e deve complementar o
título com informações relevantes, necessárias, somente quando for para
melhorar a compreensão do tema.
Na composição do título deve‐se evitar ponto, vírgula, ponto de exclamação e
aspas ou qualquer outro elemento que interfira no seu significado, exceto o
ponto de interrogação.
Após,
o nome(s) do(s) autor(s) de breve currículo, que os qualifique na área de
conhecimento do artigo. Quando é mais de um autor, normalmente o primeiro nome
é o autor principal, ou 1° autor, sendo sempre citado ou referenciado a frente
dos demais.
4. RESUMO e ABSTRACT
Indica brevemente os principais assuntos abordados
no artigo científico, constituído de frases concisas e objetivas, deve
apresentar a natureza do problema estudado, os objetivos pretendidos,
metodologia utilizada, resultados alcançados e conclusões da pesquisa ou estudo
realizado, contendo entre 100 e 250
palavras, descritas em parágrafo único, sem a enumeração de tópicos. Deve‐se evitar qualquer tipo de citação bibliográfica.
(ABNT.NBR‐ 6028, 2003)
OBS: Quando o artigo científico é publicado, em
revistas ou periódicos especializados de grande penetração nos centros
científicos, inclui‐se na parte preliminar
o abstract e key‐words, que são o resumo e as palavras‐chave traduzido para o idioma inglês ou espanhol. (OPCIONAL)
4.1 PALAVRAS‐CHAVE
São relacionadas de 3 a 6 palavras‐chave que expressem as idéias centrais do texto, podendo
ser termos simples e compostos, ou expressões características. A preocupação do
autor na escolha dos termos mais apropriados, deve‐se ao fato dos leitores identificarem prontamente o
tema principal do artigo lendo o resumo e palavras‐chave. (NBR 6022).
5. INTRODUÇÃO
Informa o leitor sobre o tema sobre o qual o artigo
discorre e justifica a realização do estudo, demonstrando sua relevância.
Informações obtidas ao longo do estudo devem ser apresentadas na seção
“Resultados”. Na Introdução, inclua apenas informações com as quais o estudo
foi iniciado.
A introdução deve criar uma expectativa positiva e o
interesse do leitor para a continuação da análise de todo artigo.
A introdução apresenta o assunto e delimita o tema,
analisando a problemática que será investigada, definindo conceitos e
especificando os termos adotados a fim de esclarecer o assunto.
Segundo Azevedo (2001) a introdução é a parte
inicial do trabalho, onde são estabelecidos, a delimitação da pesquisa, o
problema de que trata e os objetivos desejados.
De acordo com Gonçalves (2004) na introdução devem
constar os objetivos da pesquisa, o problema e as hipóteses de trabalho ou as
questões norteadoras (quando for o caso), a justificativa da sua escolha e a
metodologia utilizada, com base no referencial teórico pesquisado.
6. DESENVOLVIMENTO
O elemento textual chamado desenvolvimento é a parte
principal do artigo científico, caracterizado pelo aprofundamento e análise
pormenorizada dos aspectos conceituais mais importantes do assunto. É onde são
amplamente debatidas as idéias e teorias que sustentam o tema (fundamentação
teórica), apresentados os procedimentos metodológicos e análise dos resultados
em pesquisas de campo, relatos de casos, dentre outros.
Quanto mais conhecimento a respeito, tanto mais
estruturado e completo será o texto. A organização do conteúdo deve possuir uma
ordem seqüencial progressiva, em função da lógica inerente a qualquer assunto,
que uma vez detectada, determina a ordem a ser adotada. Muitas vezes pode ser
utilizada a subdivisão do tema em seções e subseções.
O desenvolvimento ou parte principal do artigo, nas
pesquisas de campo, é onde são detalhados itens como: tipo de pesquisa, população
e amostragem, instrumentação, técnica para coleta de dados, tratamento
estatístico, análise dos resultados, entre outros, podendo ser enriquecido com
gráficos, tabelas e figuras. O título dessa seção, quando for utilizado, não
deve estampar a palavra “desenvolvimento” nem “corpo do trabalho”, sendo
escolhido um título geral que englobe todo o tema abordado na seção, e
subdividido conforme a necessidade.
7. CONCLUSÃO
Parte final do trabalho, na qual são apresentadas as
conclusões alcançadas com a pesquisa, deve guardar proporções de tamanho e
conteúdo conforme a magnitude do trabalho apresentado. A conclusão deve limitar‐se a explicar brevemente as idéias que predominaram
no texto como um todo, sem muitas polêmicas ou controvérsias, incluindo, no
caso das pesquisas de campo, as principais considerações decorrentes da análise
dos resultados. O autor pode nessa parte, conforme o tipo e objetivo da
pesquisa, incluir no texto algumas recomendações gerais acerca de novos
estudos, sensibilizar os leitores sobre fatos importantes, sugerir decisões
urgentes ou práticas mais coerentes de pessoas ou grupos, dentre outras
considerações finais.
8. DICAS IMPORTANTES
Uma revisão de literatura, por exemplo, pode ter
como objetivo comparar conclusões ou simplesmente expô‐las. Se a revisão busca comprovar a eficácia de um
tratamento ou verificar se uma conclusão de outro artigo se aplica em casos
diferentes, então a hipótese nula pode ser usada (verificar se o tratamento x é
eficaz, verificar se a conclusão x pode ser validada).
A apresentação de uma nova técnica, por exemplo,
pode ter como objetivo demonstrar como o uso da técnica A produz resultados
satisfatórios nos casos B. Devem ser evitados objetivos muito amplos, como
analisar os resultados obtidos ou abordar o assunto em questão. Uma análise ou
abordagem não é o objetivo em si, e sim o meio de se chegar a ele. Analisamos
ou abordamos buscando alguma conclusão. É esta conclusão que deve ser o
objetivo. A exceção é o relato de caso. Este tipo de artigo não requer objetivo
explícito. A introdução deve simplesmente descrever sucintamente o caso, sua
relevância e o tratamento empregado. Ainda assim, um objetivo pode
ser definido (divulgar um tratamento aplicado com bons resultados em
determinado caso, criar uma referência de diagnóstico para um caso raro).
Referencia:
Disponível
em: <http://tecspace.com.br/paginas/aula/tcep/ArtCientifico.pdf> Acesso
em: 14 de junho de 2018.