Caros alunos, saudações:
Este segundo texto será a base para a nossa próxima discussão nesta II unidade. Vocês devem fazer um resumo e entregar na aula da próxima semana, manuscrito em papel pautado, seguindo as datas abaixo por turma, destacando a importância da Globalização e sua importância para os movimentos sociais a partir da comunicação em massa. Atentem-se para colocar uma padronização na elaboração desta atividade, principalmente margem e cabeçalho.
Esta atividade valerá 1,0 pontos.
Esta atividade valerá 1,0 pontos.
Grande abraço a todos:
Prof. Edson Reis.
Entrega por turma:
Turma C: 08/06/2018
Turma D: 29/05/2018
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A globalização e seus fluxos:
“Pelo fato de ser técnico-científico
informacional, o meio geográfico tende a ser universal. Mesmo onde se manifesta
pontualmente, ele assegura o funcionamento dos processos encadeados a que se
está chamando de globalização.”
Milton Santos
(1926-2001), geógrafo, professor/pesquisador do Departamento de Geografia da
Universidade de São Paulo e ganhador do prêmio Internacional Vautrin Lud em
1994.
A atual fase de expansão do capitalismo ficou conhecida como
globalização. Como já estudamos, ela é consequência do avanço tecnológico nos
três setores da economia, sobretudo da modernização dos sistemas de transportes
e telecomunicações, responsáveis pela aceleração dos fluxos de pessoas, mercadorias,
capitais e informações.
A globalização é fruto da atual revolução técnico-científica e
seria inviável
sem
um meio geográfico preparado para lhe dar suporte. Porém, como você verá a
seguir, os fluxos da globalização não abarcam o espaço geográfico mundial como
um todo. Os lugares que receberam e recebem mais investimentos em
infraestrutura, caracterizando o que Milton Santos chamou de meio técnico
-científico informacional, são os mais atingidos.
Então, cabe indagar: Por que isso ocorre? O que diferencia a
atual expansão
capitalista
das etapas anteriores? A crise está provocando uma “desglobalização”?
É
o que estudaremos a seguir.
1- Globalização:
A palavra “globalização” começou a ser empregada nos anos 1980
por consultores de administração das principais universidades norte-americanas
(deriva do inglês globalization). Inicialmente, servia para definir estratégias
de expansão global para empresas transnacionais. A partir dos anos 1990, esse
termo foi amplamente divulgado pela mídia e passou a fazer parte do dia a dia
de países, empresas, instituições multilaterais, trabalhadores e da população
em geral, embora fosse um conceito um tanto incompreendido.
A globalização, apesar de ter suas origens mais imediatas na
expansão econômica ocorrida após a Segunda Guerra Mundial e na Revolução
Técnico-Científica
iniciada
nos anos 1970, é a continuidade de um longo processo histórico que remonta aos
primórdios do capitalismo. Assim, globalização é o nome do momento atual da
expansão capitalista: ela está para o atual período informacional assim como o
colonialismo esteve para a etapa comercial e o imperialismo para a industrial e
financeira.
Quando a mundialização capitalista teve início, com as Grandes
Navegações, o planeta era composto de vários “mundos” – europeu ocidental,
russo, chinês, árabe, asteca, tupi, zulu, aborígine, etc. –, e, muitas vezes,
os habitantes de um “mundo” não sabiam da existência dos de outros. Nessa
época, começaram os processos de integração e de interdependência planetária. Ao
atingir o atual período informacional, o capitalismo integrou países e regiões
do planeta em um sistema único, formando o chamado sistema-mundo. Mundo
e planeta tornaram-se sinônimos, que, por sua vez, são sinônimos de globo,
palavra da qual se originou o vocábulo “globalização” (os franceses preferem mundialização;
em português empregamos as duas expressões, com uma predileção pela primeira).
A
globalização é um fenômeno que apresenta várias dimensões: econômica, mais
evidente e perceptível, social, cultural e política, entre outras. Contudo, todas
elas se materializam no espaço geográfico em suas diversas escalas: mundial,
nacional, regional e local. Os lugares estão conectados a uma rede de fluxos,
controlada por poucos centros de poder econômico e político. No entanto, não
são todos os lugares que estão integrados ao sistema-mundo. Os fluxos da
globalização se dão em rede, mas seus nós mais importantes são os lugares que
dispõem dos maiores mercados consumidores
e
das melhores infraestruturas – hotéis, bancos, Bolsas de Valores, sistemas de
telecomunicação, estações rodoferroviárias, terminais portuários, aeroportos (como
mostra o cartograma da próxima página), etc.
A atual expansão capitalista:
Hoje em dia, ao contrário do que ocorreu nas demais etapas do
capitalismo, a expansão desse sistema econômico não se dá predominantemente
pela invasão e ocupação territorial. Por exemplo, durante o colonialismo e o
imperialismo, era fundamental controlar o território onde os recursos naturais
seriam explorados, daí as ocupações. A maioria dos conflitos regionais
contemporâneos tem um caráter mais étnico-nacionalista.
Entretanto, conflitos que geram ocupação ainda acontecem: a
invasão do Iraque pelos Estados Unidos em 2003, por exemplo, foi movida por
interesses geopolíticos e econômicos no Oriente Médio, relacionados, sobretudo,
ao controle do petróleo. O Iraque dispõe da quarta reserva mundial desse
recurso. A invasão militar, contudo, foi
muito
criticada, principalmente porque não foi aprovada pelo Conselho de Segurança da
ONU. Em diversos países ocorreram manifestações contrárias a essa ação bélica, até
mesmo no interior dos Estados Unidos.
Vários movimentos populares antiglobalização vêm
ocorrendo no mundo: um dos primeiros foi realizado em Seattle (Estados Unidos),
em 1999, seguido por movimentos pacifistas contra a invasão do Iraque, em 2003.
Durante a crise econômica, eclodiram diversos movimentos contra o capitalismo,
a ganância do sistema financeiro, a corrupção e a desigualdade social, como o
Ocupe Wall Street – que você conheceu na página anterior – e os Indignados –
que reuniu milhares de manifestantes em diversas cidades da Espanha, no mesmo
ano.
Com uma ou outra exceção, na era da globalização, a expansão
capitalista é silenciosa, sutil e ainda mais eficaz. Trata-se de uma “invasão”
de mercadorias, capitais,
serviços,
informações e pessoas. As novas “armas” são a sedução pelo consumo de bens e
serviços, além da agilidade e eficiência das telecomunicações, dos transportes
e do processamento de informações, graças aos satélites de comunicação, à
informática, à
internet,
aos telefones (fixos e celulares), aos aviões, aos supernavios petroleiros e
graneleiros e aos trens de alta velocidade.
A “guerra” acontece nas Bolsas de Valores, de mercadorias e de
futuros em todos os mercados do mundo e em todos os setores da economia. As
estratégias e táticas são estabelecidas nas sedes das corporações transnacionais,
dos bancos globais, das corretoras de valores e de outras instituições, e
influenciam quase todos os países. Entretanto, muitas vezes, essas estratégias e
táticas dos dirigentes das grandes empresas,
principalmente
do setor financeiro, mostraram-se arriscadas, gananciosas e/ou fraudulentas.
Isso ficou bastante evidente na crise do mercado imobiliário/financeiro nos
Estados Unidos em 2008.
Referência:
MOREIRA, João Carlos. Geografia geral e do Brasil : espaço geográfico e globalização :
ensino médio / João Carlos Moreira, Eustáquio de Sene. -- 3. ed. -- São Paulo :
Scipione, 2016.
Professor?! Hj pela manhã esqueci de entrega-lo o trabalho,pois fiquei empolgada com o boletim,então fui até o seu encontro mas não te encontrei mais na escola,porém deve ter percebido q fiz,só estou pontuando pra q não vai no esquecimento.
ResponderExcluirBeatriz Alfano 1 ano D
Ciente Beatriz.
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